Cartas abertas

Bolsonaro x Barroso

Inacreditável como se perde tempo nesta Republica. Assistimos a troca de farpas entre dois personagens da Republica, na verdade passando a Nação, o quanto os nossos lideres estão despreparados. 

O voto impresso ou voto limpo, na verdade é uma prerrogativa do congresso nacional que pode ou não votar a favor, e nós eleitores e simples mortais, nomeamos os deputados e senadores que lá estão, para dirimir estas questões e ponto final. 

Bolsonaro sem mídia profissional, fica criando o velho factoide de Cesar Maia, para se manter na mídia alternativa. O chororo dele não é justificado, pois ganhou a eleição nas urnas eletrônicas. Só posso entender que o discurso de uma tecla só “o voto impresso” é na verdade uma cortina de fumaça para encobrir a verdadeira boiada, a passar, denominada de Distritão, acabando de vez com os partidos e a proporcionalidade que garante as minorias ascender ao poder e dar os seus pitacos.

Barroso, presidente de um tribunal desmoralizado, pois só julga as causas depois que acaba os mandatos, alias o TRE e TSE são instituições sem fins. Barroso doloridinho ao contrário do que fala, o seu pensamento esta longe de sair do seu exclusivo quadradinho a serviço do STF. 

Executivo, Legislativo e Judiciário continuam com o conluio a céu aberto, a serviço de quem. Mas a uma luz na escuridão, que se consolida a cada eleição, as mídias sociais, que já pulverizou, todos os partidos políticos e o retrógado sistema eleitoral. Melhor tribunal não há!


Reunião Governamental no Planalto Central

Após a um período de observação da política nacional, volto a escrever, em verdade a desabafar em nome de certamente milhões de Brasileiros sem voz. O assunto é o vídeo de uma reunião que afirma, prova e comprova a incapacidade de lucidez do presidente da República.

Como eu gostaria de que aquele vídeo não existisse, pois ele encerra a expectativa de que Bolsonaro conseguisse pelo menos acabar o mandato o qual a maioria do povo lhe confiou. Não acredito mais que isto seja possível.

Olhando e conversando com as pessoas que ainda acreditavam da seriedade e honestidade da pessoa de Bolsonaro (que não seria virtude de ninguém). Mas ao que se assistiu foi uma reunião da Republica, de estado ou de um estado lamentável de: equívocos, má educação, esquecimento total da liturgia, da republica, da importância dos cargos,  e como dizia Rui Barbosa aqueles que lá estavam em conluio, riram-se da honra de todos nós.

Um clube de várzea poderia talvez servir como exemplo do trato da coisa pública melhor que aquela reunião que todos assistimos: O ministro da educação parecia um jogador expulso falando impropriedades ao juiz da peleja (STF), o do ambiente sorrateiramente e demonstrando uma esperteza noturna como um batedor de carteira, se apressava em aconselhar aos outros a deixarem passar com sua boiada sem “dono”, o ministro da saúde olhava para a sua primeira reunião, e penso eu, que este pensava! “O que é que eu estou fazendo aqui”, o ministro da justiça com o seu queixo “de núcleo duro” lutava para que o bridão não lhe fosse aplicado, a ministra o dos direitos desumanos (considerando o trato nas longas filas da Caixa) logo acusou o ato do ministro da economia, (que defendia o jogo legalizado) como obra do capeta, os ministros militares a conspirar, riam da inocência do presidente ao afirmar em alto e bom som que o Brasil não tem serviço de informação e este setor é na verdade uma agencia de desinformação, imagino as Nações vizinhas a rir-se desta colocação,  mas a frente testemunhamos com profunda tristeza a linguagem formal do brigadista Bolsonaro, hoje ainda presidente com sua linguagem desprovida de qualquer censura ainda que falso evangélico, tornando-se a perola da infeliz reunião ou ainda em tempo produzindo as 37 perolas proferidas como uma metralhadora rotativa sem escolher um alvo sequer.

Os equívocos são de uma profundidade, que assusta: Bolsonaro não entende que a Policia Federal não é um Polícia do estado, mas sim de estado e neste caso, ela é uma Polícia Judiciária. Bolsonaro não entende que a polícia que deveria lhe informar tudo seria a ABIN, reduto ainda do controle do General Vilas Boas, que embora ainda doente não larga o osso do Partido dos Trabalhadores. Bolsonaro não entende que a maioria do povo não votou e nem votará nele, mas sim naquele que representa um mal maior ao Brasil, ainda que apenas por palavras chaves para prospectar a simpatia de quem nunca teve com ele, mas que orientou os ensejos eleitorais momentâneos (estas palavras deixavam bem claro o extermínio da quadrilha de ladrões denominada de Partido dos Trabalhadores), hoje o mal maior que nos atinge e aflora é a vaidade e a incompetência de não se entender e reconhecer que os poderes existem exatamente para não se instalar o casuísmo da impessoalidade e proteger a Constituição. Os ministros de estado no caso do STF, e os membros do Congresso Nacional, de fato nos representam de verdade, ao contrário do que hora se vê, na postura inconsequente e temporária da Presidência da República na pessoa do Senhor Jair Bolsonaro.

Como uma criança que bate o pé quando se diz não, Bolsonaro, xinga governadores e prefeitos como se estivesse na geral do Maracanã para arrepio de todos os invisíveis e os visíveis da cadeira chegando até aos camarotes dos notáveis da Republica. É lamentável, é decepcionante.

Não existe mais esperança, apenas um longo processo de cassação que certamente com robustas provas e indícios de: falsidade ideológica, conluio, incompetência e má fé, acontecerá.

Tive a impressão que o ódio que Bolsonaro transpirava era oriundo do abandono de seus próprios pares , da incapacidade de encontrar pessoas providas de razão e lógica, pois quando estas as encontra o desnível é tão grande que se apressa em afasta-la para não ofuscar o seu minuto de glória (inacreditavelmente de público, salientou como uma ameaça aos bons que: se alguém do seu ministério fosse elogiado pelos jornais: a Folha, o Globo e Estado de São Paulo seria demitido sumariamente). a gula pelo poder que lhe chegou sem o vagar da digestão da ração fartamente distribuída na caserna (pois não entendeu o que é hierarquia), a preguiça lhe tomou durante 27 anos de pratica legislativa sem um projeto sequer ser aprovado (registre-se que apresentou um total de dois projetos, um que autorizava a mudança do nome de travesti e outro que obrigava por força de lei que as pessoas ficassem de pé quando hasteamento da Bandeira Nacional,  nenhum dos dois sequer foram aceitos), a ira de não ver se curvar os cultos e os generais que o tem como um comédia do circo da democracia,  a vaidade de não respeitar e ceder aos poderes constituídos, a luxuria herdada pelos 01 ,02, 03 e agora o 04, a cobiça pelo poder alheio de direito e de fato ainda que em instancias menores e avareza em não abrir mão do cargo público sem respeitar a quem lhe consignou o voto.

Ainda em tempo nesta pauta, desta maligna reunião, do COVID 19 não se tratou em plena do pico da pandemia e mais de 10.000 brasileiros sepultados.

Agenor Candido Gomes
24/05/2020


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